domingo, 2 de agosto de 2009

Avaliação da produção do portfólio!!

Finalizando mais um semestre e em conseqüência o portfólio eletrônico enquanto trabalho avaliativo, vou então fazer a avaliação final de todo esse processo.

O portfólio foi de início uma inovação avaliativa para mim e tive que me adaptar a ela como já disse em outra avaliação, é complicado saber que sua escrita se tornará visível para todos, mas o que realmente foi mais complicado para mim foi cumprir os prazos, tanto que estou aqui hoje finalizando o meu portfólio, em contrapartida essa forma de inovadora de avaliação tem pontos muito positivos que outras formas de avaliação não podem oferecer, como a autonomia do aluno , ao poder buscar outras fontes de pesquisa para acrescentar nas postagens, a troca que há ao observarmos outros blogs e principalmente termos como reconhecer no nosso portfólio nossos erros, assim como, nossos avanços.

Outro ponto que posso destacar é quanto ao uso das ferramentas tecnológicas, apesar de não dominar ainda o uso destas , foi com esse portfólio que me interessei mais em aprender a manuseá-las e encarei isso como um desafio para mim.

Aprendi bastante com a construção desse portfólio, e hoje o vejo como uma forma super válida e interessante de avaliação. Vou tentar dar continuidade ao blog ,como também continuar observando outros.

Partindo do princípio em que esta avaliação proposta foi uma inovação, e logo todos nós , digo alunos e professor, passaram por um processo inovador, deixarei esta fala de Piaget , para refletirmos então:

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente

repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda

meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a

elas se propõe." (Jean Piaget)



Vamos cumprir a meta !!!

Síntese Conclusiva!!!


Bem chegamos então ao fim de mais uma disciplina e do portfólio enquanto exigência da mesma, agora basta verificar-mos se atingimos nossos objetivos estabelecidos no início do semestre.

Tendo como fio condutor o objetivo geral da disciplina de Tendências Atuais do Ensino de Língua Portuguesa I, que é : " Compreender os processos de aquisição e desenvolvimento da língua escrita e oral na educação infantil". Ao final do nosso curso e de todo nosso trabalho, vejo que a disciplina conseguiu sim alcançar seu objetivo com êxito.

Através dos textos e das discussões tidas em sala de aula, vimos que o processo de desenvolvimento da leitura e escrita da criança, inicia-se muito antes da mesma freqüentar a escola e quais são as fases e dificuldades por qual elas passam até para conseguir atribuir sentido à atividade conversacional e o prosesso de leitura e escrita.

É importante destacar também, que para facilitar que a criança domine a leitura e escrita, é necessário que ela faça parte de um ambiente provido por diversos suportes de textos e que principalmente o professor/educador compreenda as fases que a criança vai passar, as dificuldades que ela vai se deparar ao longo do processo e respeitar sua descobertas valoizando-as, fazendo papel de facilitador do conhecimento, procurando ter uma prática pedagógica apropriada para cada momento em que a criança passará.

A partir de tudo isto, posso dizer que saio dessa disciplina conhecendo bem mais sobre os processos em que as crianças passam até sua alfabetização, como também reconhecer que posso aplicar na minha prática e no meu dia-dia com as crianças que tenho contato, muitas coisas que li e discuti durante o curso. Saio desta disciplina muito satisfeita então com toda a metodologia, conteúdo e meu crescimento pessoal .

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Impresões sobre o Texto 6 !!


Texto- A construção do conhecimento sobre a escrita de Ana Teberosky e Teresa Colomer.

Nesse texto a autora têm como objetivo tratar da escrita sob o ponto de vista da criança que aprende a ler e a escrever. Ela analisa então como a criança constrói seu conhecimento no campo da linguagem escrita.


A análise começa a ser realizada a partir de uma das construções fundamentais em que todos nós passamos, a construção do "nome próprio", que se torna objeto de estudo, uma vez que é um elemento primordial da nossa escrita, além de ser elemento de curiosidade de qualquer criança. Durante a construção do seu nome a criança se depara com alguns conflitos, geralmente a criança faz uma leitura com segmentação silábica provocando conflito entre leitura e escrita, outro conflito acontece entre o momento de ler e o de escrever, levando a criança a ensaiar outras soluções para a escrita.


Todos esses conflitos que se dão durante o processo de descoberta da criança, não passam por elas de forma passiva , elas constroem hipóteses e estas são analisadas cuidadosamente pela
autora.


A partir do princípio de quantidade mínima e variedade mínima de caracteres, a criança distingue os diferentes tipos de texto e formas de leitura. Elas fazem uma diferenciação dos textos entre "somente um grupo de letras" e "aquelas que servem para ler", quando reconhecem nesses textos alguma intencionalidade comunicativa. Essa atribuição de intencionalidade comunicativa é um conhecimento que faz parte da alfabetização inicial e nos indica que as crianças compreenderam algumas características que derivam do fato de a escrita ser um sistema simbólico com significado lingüístico.


Inicialmente, para as crianças, o sistema alfabético tem como função dar nomes para as pessoas e objetos e depois com o desenvolvimento do processo de alfabetização a criança compreende que a escrita pode representar ações e somente posteriormente que partículas gramaticais, como artigos , preposições, pronomes, etc., possam ser escritas de maneira independente. Em determinada fase do processo de alfabetização, a criança faz uma análise interna da sílaba passando então para a escrita silábico-alfabética. Posteriormente, a criança fará uma representação exaustiva e sistemática de todos os componentes sonoros da escrita alfabética.


O texto evidência que a leitura e escrita existem fora da sala de aula, e as crianças não são aprendizes passivos, não copiam os modelos adultos que estão ao seu redor, nem esperam ir à escola para começar o processo de aprendizagem da leitura. Então para que sejam facilitado o desenvolvimento desse processo, é necessário que se tenham ambientes ricos em leitura e os adultos atuem como facilitadores desse processo, buscando entender cada fase e cada descoberta da criança. Portanto, aprender sobre as funções da escrita é parte integrante do processo de aprendizagem da leitura e da escrita, bem como o é aprender sobre suas formas.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Texto 5


Com esta postagem pretendo evidenciar minhas considerações sobre o texto 5- Os Problemas Cognitivos envolvidos na construção da Representação escrita da Linguagem a Interpretação da Escrita antes da leitura Convencional, ambos de Emília Ferreiro. Textos estes bastante abrangentes e ricos que proporcionaram boa discussão em sala de aula e principalmente nos esclareceu sobre as etapas em que se organiza a alfabetização.

A autora se inspira na teora de Piaget para sua pesquisa sobre leitura e escrita, porém não se limitando a descrição de níveis sucessivos de organização mas tomando como pressuposto a pergunta fundamental que guiou suas investigações epistemológicas e psicológicas: como se passa de um estado de menos conhecimento a um estado de maior conhecimento?


A melhor maneira de responder essa pergunta é identificar diruante o processo de desenvolvimento da leitura e escrita: a relação entre o todo e as partes que é objeto de estudo do texto. Ao considerarmos que a leitura e a escrita são objetos fundamentais e que se constituem a partir da sociedade que nos cerca, podemos compreender que a criança passa por muitas fases antes de chegar a representação alabética, tanto da leitura quanto da escrita, e o que na maioria das vezes o que nos parecem letras aleatórias sem significados, poderemos perceber a partir de uma análise cuidadosa, que muita destas mesmas letras fazem sentido. Por isso é importante o professor em questão conhecer previamente estas fases a fim de contribuir efetivamente para a evolução do aluno.


Durante o processo de alfabetização, a criança passa por alguns problemas de classificação quando procura compreender a representação escrita. Primeiramente ela encontra certa dificuldade na distinção entre números e letras, uma vez que, esses são representados graficamentes por símbolos semelhantes, porém uns chamados de letras e outros de números. Um pouco mais tarde quando essa distinção já é feita , nota-se outros problemas de classificação quanto a equivalência de diferentes formas graficas que recebem a mesma denominação e também há problemas de classificação envolvidos na distinção dos objetos que possuem diferentes tipos de textos significativos e estão inseridos em situações contextuais distintas.


A principal problemática que a criança passa durante esse processo é a relação entre o todo e as partes, esse conflita se torna visível quando a criança entende que a escrita é composta de partes e ainda quando ela domina a "hipótese da quantidade mínima" conceito este que se refere quando a criança utiliza-se de determinados símbolos/letras para representar tal figura/objeto, explicitando-se mais claramente quando a criança transcree uma palavra do singular para o plural,ou seja, ela tende a repetir o símbolo/letra utilizado na representação no singular de acordo com o número de objetos que ela pretende representar no plural.


Ex.: BOLA- BOA

BOLAS (3)- BOAOABBOA

Outra fator de grande relevância abordado no texto, seria a questão da tematização, abordada por Jean Piaget. A tematização é um conceito importantíssimo que está implícito no processo de desenvolvimento da criança, como no processo de aquisição e conhecimento de cada indivíduo, uma vez que a tematização se dá a partir de quando uma informação é apresentada e o indivíduo apropria-se desta tornando-se um conhecimento que será utilizado posteriormente no cotidiano, por meio de associações, citações, lembranças, etc.

Como exemplo cito uma experiência que tive com um aluno de 7 anos no meu estágio, durante uma aula foi apresentado a ele as figuras geométricas e numa aula posterior levamos o tabuleiro de damas a fim de ilustrar algumas formas geométricas e apresentar o jogo para os alunos, foi quando este aluno antes mesmo de iniciar a aula identificou que o tabuleiro de damas é formado por quadrados e pediu ajuda para contar quantos quadrados possuem o tabuleiro.Visto isso, pude perceber que o aluno tematizou tal assunto. A tematização acontece com nós alunos universitários o tempo inteiro, quando lemos um texto e depois o citamos em outras disciplinas e trabalhos quando sentimos necessidade.


Na construção da construção das hipóteses da escrita a criança passa por três fases maiores que são:

  • fase pré silábica
  • fase silábica
  • fase alfabética
A fase pré silábica compreende quando a criança identifica algumas vogais, mas não faz correspondência entre a letra e o fonema. As crianças de 4/5 estão geralmente passando por essa fase e normalmente utilizam as letras do seu nome que são as que mais conhecem para escrever quaisquer palavras.
Já na hipótese que sucede a pré silábica a criança identifica algumas sílabas, geralmente utilizando as letras aleatoriamente para representar cada sílaba, mas com o desenvolvimento do processo de alfabetização a criança começa a atribuir um valor fanético correto a cada sílaba, dando ênfase ora nas vogais ora nas consoantes. Quando ela atinge o domínio da fase silábica e consegue assimilar todos seus esquemas, ela chega a fase alfabética.

É importante focar nas interpretações das crianças acerca dos diversos textos escritos aos quais ela se depara durante o processo de alfabetização e aquisição de leitura, sem esquecer que este processo acontece de forma distinta e não coordenada. A idéia inicial da criança é que o texto está sempre relacionado ao nome do objeto,isso torna-se claro em sala de aula por exemplo quando colocamos figuras e seus respectivos nomes em baixo para que os alunos façam a leitura,e com isto todos conseguem identificar , porém quando tiramos as figuras e pedimos que realizem a leitura, a maioria demonstra muita difuldade e outros utilizam-se da leitura memorial que é a identificação ou leitura de algumas palavras após a leitura de poemas, histórias, etc. Torna-se notável então que para a criança o signicado do texto escrito é totalmente dependente do contexto ao qual ele esteja inserido. Essa hipótese é conhecida como a "hipótese do nome" e a criança fará diferentes relações entre o texto e contexto, tais como:



  • o texto escrito depende inteiramente do contexto, na qual havendo mudanças no contexto o texto também muda e se a criança não conseguir interpretar o contexto, também não haverá interpretação para o texto;
  • se inicialmente houver uma relação entre o contexto e o texto, a interpretação do texto poderá ser mantida, ainda que o contexto seja modificado, por exemplo: mostra-se afigura de um elefante e coloca-se uma palavra ao lado, a criança dirá que ali está escrito "ELEFANTE", mas se levarmos a mesma palavra para colocar ao lado da figura de uma girafa, ela continuará afirmando que ali está escrito "ELEFANTE". Mas isso, ocorre num curto intervalo de tempo, pois se demorarmos a levar a palavra que representa "ELEFANTE" para próximo da girafa, a criança provavelmente dará um novo significado a mesma palavra;
  • as propriedades, principalmente as quantitativas do texto(quantidades de linhas, de palvaras escritas, de letras da palavra) passam a ser levadas em consideração e modulam as interpretações que são dadas ao texto, que ainda são dependentes do contexto.

A criança após considerar as qualidades quantitativas do texto, ela avança e passa a considerar as qualidades qualitativas, essas considerações se alternam ao longo do processo e com estas tentativas de coordenação destas considerações a criança chega à aquisição da leitura convencional.
Nós como educadores devemos procurar entender a lógica existente em cada fase e novas descobertas das crianças, a fim de facilitarmos com a nossa prática pedagógica o alcance da plenitude deste processo.
Para quem se queira se aprofundar mais no assunto:

http://www.centrorefeducacional.com.br/contribu.html

http://www.centrorefeducacional.com.br/psicogen.htm

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Vídeo!

Olá para todos , bem depois de muitos rolos consegui publicar meu vídeo relativamente a tempo, não posso deixar de destacar a ajuda da colega de classe Roberta , que atuou muito bem no vídeo. Muito obrigda.

Com este vídeo tenho o intuito de ilustrar um pouco sobre o que foi refletido e discutido sobre os textos que estão na postagem abaixo. Fiz algumas perguntas que considero relevante e que apresentam aspectos fundamentais do texto.

Enfim, espero que vocês gostem!!


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Impressões sobre o Texto 3 e 4.




Bem, nesta postagem vou evidenciar meus entendimentos sobre os textos 3 e 4 após leitura e discussão de ambos.


Texto 3- Contexto de Alfabetização na aula de Ana Teberosky e Núria Ribeira e

Texto 4- Práticas linguagem e alfabetização inicial na escola: Perspectiva Sociolingüística de Erik Jacobson.


O texto 3 inicia-se considerando que as crianças ao entrarem na escola possuem conhecimentos prévios e que estes devem ser valorizados e desenvolvidos. E para ratificar essa ideia é apontado duas orientações teóricas: a construtivista que se situa na maturação biológica da criança, onde ela pode construir o conhecimento em qualquer circunstância, focalizado no cognitivo e a orientação socioconstrutivista que considera que a criança vai obter aprendizado através da interação com o meio, família, objetos, figuras...

É interessante pontuar que o desenvolvimento da criança na alfabetização pode ser feita através da utilização dos diversos gêneros textuais, pois no momento em que a criança manuseia e cria associações entre figuras , imagens de rótulos, símbolos da TV e escrita, jornais , revistas, gibis, entre outros, pode estar sendo considerado um avanço no processo de alfabetização da criança, além de ser muito importante para o aluno.

Outro fator que também deve ser considerado é a condição sócio- econômica do aluno, já que um pode prover de inúmeros recursos em casa , porém este não pode ser um fator que vá influeniar de forma definitiva nesse processo e a escola pode suprir esta carência com atividades simples e dinâmicas que podem ser aplicadas no cotidiano como:

  • Exploração de textos jornalísticos.
  • Jogos que envolvam associação entre figuras e seus respectivos nomes.
  • História em quadrinhos onde os alunos possam participar recontando trechos.
  • Leitura de textos em voz alta para as crianças.
  • Perguntas sobre as hostórias para motivar a interpretação textual.
Obs.: As duas últimas podem ser feitas na escola e em casa.

Estas atividaddes propiciam a organização inicial dos pensamentos constituindo-se através da mediação dos professores e pais, vale destacar que a interação com a família também é de grande relevencia para se oter avanços progressivos nesse processo.

O texto 4 trata-se de uma ampliação do texto anterior , focalizando no bilingüístico, ou seja, traz como ideia que a formação inicial das crianças deve abarcar fatores culturais mais amplos, claro que deve-se ter como referncial sua cultura de origem , mas também deve ser promovido o conhecimento de outras culturas , contextos e práticas sociais.

É ressaltado também que o aprendizado de outros idiomas ou línguas, pois vai contribuir para o desenvolvimento da oralidade da criança, além de aproximá-la destas outras culturas, contribuindo assim para que ela tenha uma visão mais global do mundo.

terça-feira, 16 de junho de 2009



No vídeo a seguir temos uma prática que facilita o processo de alfabetização,partindo do referencial do nome de cada aluno, ou seja, do concreto mostrando-se como uma forma de motivação para a aprendizagem de novas palavras.

Esta prática além de se desvencilhar dos métodos "tradicionais" e muitas vezes antiquados, tem como finalidade promover avanços significativos no aprendizado do aluno, com a presença constante de mediação do professor.

É interessante assistir e refletir sobre tais práticas que estão presentes nas nossas discussões em sala de aula.

Abraços a todos!!